Eu, absoluta, linda, divina e soberana imperatriz deste mundo

terça-feira, 16 de outubro de 2012

SANGUE QUENTE – Parte final

Uma salva de palmas para a ignorância e um brinde ao egoísmo!

Olá! Como vão?

Terminei, dia 05 de outubro, de ler Sangue Quente. Antes de mais nada vou logo dizendo que todos aqueles que tem ainda um pouco de bom senso, não leia o livro! Se você tem intolerância a esse mundo hipócrita e plastificado que vivemos, também não leia! Se você gosta de zumbis, corra com o vento e fuja desse livro como se ele fosse o próprio zumbi querendo sua carne. E, se você for um adolescente e estiver mesmo perdendo seu tempo lendo esse texto com mais de cinco linhas que você é capaz de ler, não o leia! Pelo bem do futuro de nossa humanidade, não o leia!

Este será um post bem reflexivo, pois foi o que o livro me fez fazer a partir da metade para o final. Não é sobre a historinha de merda que o autor fez, mas sim, sobre a sociedade que vivemos. Não coloquei a foto de Leonidas a toa. Quando assisti 300 a primeira vez foi apenas com fins estudantis, para conhecer as mutações capazes no corpo humano (biologia, uma matéria mágica e querida desde sempre S2S2). Mas antes mesmo que o filme chegasse nos 20 minutos eu pensei: CARA, POR QUE NÃO VI ANTES? Aquele é um dos filmes que mais tenho como exemplo de vida. Como qualquer ser humano é capaz de vencer a si mesmo e ser mais forte do que já se imaginou. E que a inteligência, unida a bravura pode fazer coisas grandes!

Por que estou falando de 300 quando deveria falar de um zumbi apaixonado? Bem, eu explico! Vivemos em uma sociedade de FRACOS! Essa é a grande realidade! Todos FRACOS! Incapazes de suportar a realidade da vida, que nem é tão dura assim se compararmos com tempos antigos. Que gostam de maquiar fatos em prol de uma consciência tranquila. Que se satisfazem vivendo ilusões ao invés de aceitar suas limitações. E que se acomodam em serem vitimas de seus destinos ao invés de lutarem. Meu foco aqui não é o R, o zumbizinho em crise existencial e sua turma de zumbis que querem ser humano outra vez (sabe a musiquinha erroneamente adicionada na nova edição de A Bela e a Fera? Então). O foco é Julie. Foi ela, assim que mostrou seus pulsos cortados, a causadora de toda a minha revolta com esse livro, que até então só tinha me trazido boas risadas e eu até iria recomendá-lo como uma versão lúdica de zumbis precisando de uma boa terapia (?).

Tive uma grande amiga de infância. Uma pessoa querida e muito admirável. Cresceu em família muito pobre. Tinha um pai violento e alcoólatra que humilhava ela, sua mãe e suas irmãs constantemente. Porém, essa minha querida amiga, é um exemplo de força e superação. Não foram poucas vezes que a vi entristecida por seus problemas (Deus, tínhamos só seis anos quando nos conhecemos e convivemos até os 15) porém, ela nunca se abateu! Nunca sucumbiu, nem precisou se mutilar para aplacar a dor., tampouco se fazia vitima de um destino cruel. Tive também um grande amigo, com uma história semelhante, mesmo problema com o pai, mas era uma pessoa magnífica. Eu, vivi até os 5 anos em um cortiço no terreno da minha avó e até os 4 anos já tinha tido todas as doenças infectocontagiosas que boa parte das crianças de hoje nem sabem que existe mais, com dois anos de idade, fui espancada pela minha mãe porque fugi de casa. Com seis porque não quis ir a escola. Levei um soco do meu pai porque o respondi. Um chute na barriga porque deixei o quarto bagunçado. Apanhei na rua porque era baixinha e não quis parar quando uma menina me ordenou fazer isso. Apanhei porque falava sozinha. Apanhei de novo por ser baixinha. Recebi o apelido de “leprosa” e todas as crianças na escola tinham medo de mim porque fui acometida de uma doença de pele. Passei cinco anos da minha vida em casa porque não tinha emprego nem dinheiro pra fazer uma faculdade. Passei pelo menos um ano da minha vida sem um único amigo que pudesse contar e a única pessoa que eu conversava, morava em Belo Horizonte e não existia Infinit naquela época. Perdi as contas de quantos apelidos tenho e até hoje o complexo de altura me acompanha e para sempre me acompanhará. E eu não conto isso para me fazer de vitima, ou culpar a quem quer que seja, porque todo mundo tem sua história triste para contar. E ninguém é melhor do que ninguém.

Mas, nenhuma dessas histórias foram motivos para que eu me mutilasse, que me entregasse as drogas ou ao álcool para escapar. Só existe uma única explicação para isso: FRACOS! Nada além disso! Não sabem o que é dor e sofrimento de verdade! Nunca souberam e nunca saberão! Porque em suas cabecinhas egoístas e egocêntricas eles já estão vivendo o mais terrível dos sofrimentos e são egoístas demais para verem o contrario disso!

Esse tipinho de gente é muito encontrada no tumblr. Acompanho o de uma menina, aliás. Que respaldada no fato de ter sofrido umas perseguições na escola quando mais nova do que já é (a menina tem trezes anos. DEUS! TREZE! Onde esse mundo vai parar???), ter um pai alcoólatra que nunca levantou a mão para ela, mas diz coisas “ruins” que ela, pobre vitima, não merece ouvir e por se achar gorda (não vou comentar isso ¬¬) acha que se cortar, tirar meia dúzia de fotos e publicar na internet, será considerada mesmo digna de compaixão, cuidados e o pior: um exemplo de superação por ainda estar viva. ACORDA MUNDO!
Julie, a menina desse livro, retrata bem essa adolescência fraca, ineficaz, vazia, trivial, sem perspectiva e descartável que temos. É lamentável que o escritor coloque uma adolescente viciada em drogas e que se corta, sem que haja um real motivo para isso e sem que seja ao menos mostrado a ela que sim, ela é forte e sim, ela pode superar todos os seus problemas de cabeça erguida, com a força que ela tem e todos nós temos, como a grande heroína da história. Que no final ela consegue resolver tudo aos trancos e barrancos, acreditando que o mundo é assim: Acredite no primeiro estranho que você encontra e tudo ficará bem. E o pior! Nenhuma lição é ensinada a ela!

Não resta duvidas, depois de conhecer Julie, que este autor fará fortunas nessa nova década! É disso que esses adolescentes precisam! De fracos como eles! De fracos que se escondem em quartos e banheiros. Que se cortam e se drogam. Que querem chamar atenção sentadinhos em seus sofás e deitadinhos em suas camas, no aconchego de seus lares com as mordomias de papai e mamãe. Que protestam em redes sociais com fotos de animais mortos, fetos ensanguentados e acham que assim serão melhores que os outros. Adolescentes, jovens e até alguns adultos que sem asas querem voar, sem pernas querem correr e sem braços querem aplaudir. Que ao invés de fazerem o melhor com o que tem, desgastam suas vidas querendo ser mais do que podem ser, baseados apenas neste ou naquele discurso falso de auto ajuda. Que compartilham fotos deformadas e dizem que é coisa mais linda que já viram, apenas para se considerarem mais humanitários. Mas sobretudo, esta é uma geração daqueles que querem viver uma ilusão e fazem isso com tanta força que no primeiro instante que colocam os pés no chão, no mundo real, choram. Sangram com apenas um tapinha. E no menor dos ventos entram em desespero.

O meu mais profundo repudio a esse livro é totalmente voltado a Julie. Essa menina nada mais é o retrato do que vejo hoje. Ela, Bella (do Crepúsculo, claro) estão na minha lista de meninas que nunca deveriam existir! E o insulto maior não é esse, e sim, existirem pessoas que realmente são capazes de ver algo de bom em meninas fracas, insossas, egoístas. Presas em seus sonhos egocêntricos, pensando apenas nelas mesmas e não em todo o sofrimento e transtorno que seus caprichos causam aos outros. Talvez, haja histórias como as de Julie e Bella por aí, mas eu, honestamente, espero nunca lê-las. Embora, a história mais bonita que já li na minha vida, tem uma menina assim. Guinevere. Cujo pronunciar do nome já me dá ódio mortal! Mas esta pelo menos se preocupava (o minimo que fosse) com seus entes queridos, súditos e superiores que iria atingir fazendo o que bem entendia. E eu nunca imaginei que viveria pra falar algo de positivo dessa coisinha.
Sangue Quente não é um livro ruim porque o escritor é amador (embora ele realmente tenha uma escrita beeem fraca), nem porque é absurdo um zumbi querer ser vivo – André Vianco fez vampiros virarem dragões e tem uma legião de fãs – ou porque toda a história é conduzida de maneira fraca. O livro é ruim por relatar a falsidade que vivemos como se fosse o certo. Por mostrar o egoísmo como se não fosse. Por colocar fracos para posto que não merecem ter.

Entendo agora porque há esse paralelo entre Crepúsculo e Sangue Quente. Ambos são a história de meninas fracas que manipulam todo o mundo em prol de terem seus “coraçõezinhos” cuidados como princesas que se consideram ser. E, afinal, não é isso que essa garotada quer? Um mundo girando em torno deles? Romances plastificados e predefinidos? Amizades ensaiadas? Famílias com uma união e harmonia mágica? Uma escola onde tudo é perfeito, todos se amam e se respeitam? Viver o Imagine, de John Lennon, em sua plenitude? Viver um mundo onde todos são belos e até os feios são lindos?

Quero dizer que eu tenho um sonho. E nesse sonho, todos acordam!

Ps.: Gostaria de deixar também aqui a minha profunda revolta por Julie lidar com a morte como se fosse o mesmo que espremer uma espinha. Ela chega ao ponto de se importar com um zumbi que matou o namorado e não demonstrar qualquer sentimento pelo pai, morto brutalmente na sua frente, com a desculpa de que ele era um homem insensível, já estava morto por dentro, ignorando o fato de que ele, assim como ela, sofria em um mundo sem esperança! São de pessoas assim que esses adolescentes precisam! Parabéns, Isaac Marion! Parabéns!  

Ps 2.: Escrevi esse texto há quase duas semanas. Mas graças a minha falta de internet, só pude postar agora. E continuo sem internet! OBA!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Uma palavra dos nossos patrocinadores

Oi, todos tristes nessa segunda feira, né? Eu sei!

Não sou uma pessoa nostálgica. E tenho preguicinha de quem seja, embora isso seja característica de 90% dos meus amigos queridos. Não suporto essas frases de velho chato tipo "No meu tempo..." ou "Sou do tempo..." ou "Saudade de quando...". Se essas frases não tiverem suas devidas doses de sacarmos, faça o favor de morrer, porque você é chato! E se for meu amigo, apenas me poupe disso.

Porém, verdade seja dita, existem coisas que realmente eram melhores antigamente. E digo isso me referindo a tempos que eu VIVI, porque também não suporto esse papo de sentir falta de um tempo que você não viveu e nem tem como provar que realmente era bom, baseado em musicas, livros e escritos. Enfim, divagações a parte, vamos ao que interessa. Eu sempre fui uma ferrenha leitora de blogs, espectadora de vlogs e ouvinte de podcasts. Especificamente aqueles que criticam alguma coisa do mundo do entretenimento (sejam filmes, livros ou jogos), mas coisas de cotidiano também me agradam muito! Já acompanhei os famosinhos do momento como Felipe Neto e PC Siqueira. Segui fielmente sites/blogs como Cinema em Cena, Cinema com Rapadura, Jovem Nerd e MRG. E por um curtíssimo período de tempo assistia o canal Tá e Daí da Ana de Césaro (ou qualquer coisa assim). Tudo isso em tempos que as pessoas faziam videos, abriam sites, escreviam em blogs, apenas com a intensão de ter um passa tempo e transmitir informação aqueles que os seguiam. Talvez desabafar sobre algo que os irritava, ou, assim como eu, ser um chatinho criticador.

Isso até a internet virar um mercado e vierem os malditos patrocinadores. Essa praga maldita, com sua sede por dinheiro, destrói tudo o que é bom, oferecendo gloriosos dígitos na conta bancaria, em troca de alguns minutos da nossa atenção. Agora, veja, de certa forma, não vamos morrer por causa de cinco segundos de comercial no You Tube. Irrita, mas logo a gente se acostuma com a pausa em um video que estavamos assistindo pra ver um palerma pegar um monte de mulher por causa de um desodorante sufocante. Agora e quando eles resolvem usar a voz de quem assistimos? Fui parando de assistir os videos do PC Siqueira quando ele gastou dois minutos do video dele pagando de garoto propaganda da pepsi. E o divorcio foi definitivo depois que ele e a Kéfera (não consigo lidar com esse nome medonho) "invadiram" (entre MUITAS aspas) o Carrefour. Cena, aliás, que foi um insulto a inteligencia de todos nós e pra comercial de tv só faltou a musiquinha de fundo. E o que falar de Felipe Neto, que desde o video sobre Adolescencia Tardia, onde no final ele faz comercialzinho de um curso de idiomas (eu acho) que eu desisti dele. Só não desisti ainda do Jovem Nerd porque ainda gosto um pouco dos podcasts deles, mas não vejo mais qualquer nerd office em que eles tenham viajado de graça para qualquer lugar, mostrando recantos em que eu, reles assalariada, jamais irei conhecer sem lamentar o dinheiro perdido depois.

Tudo isso é uma merda. Porém, nada pior do que quando estes e outros famosos da rede deturpam sua opinião para vender um produto de qualidade discutível. Obcecada como estou pelo livro de zumbi apaixonado, resolvi procurar fontes mais confiáveis de criticas. Nunca me senti tão decepcionada na minha vida. Nem mesmo quando Ana de Césaro resolveu dizer a todos os gordinhos que eles eram uns bostas e tinham que emagrecer porque ser gordo é uma merda, pautada no fato de ser patrocinada por uma academia e ter que mostrar resultados pra mostrar a eficácia do produto a qual era garota propaganda. O site MRG (que hoje pertece ao grupo Jovem Nerd) fez o pior podcast que já ouvi até agora! Engraçado como o mesmo cara que detonou Jogos Vorazes, deu 4, numa escala de 1 à 5, para um livro escrito por um cara que não tem formação em nada, muito menos emprego. Preconceitos a parte, o escritor do livro em questão, apenas comprova a tese de que, se você não tem conhecimento de gramatica e dominio da lingua mãe, não pode escrever algo de qualidade. Achei um absurdo elogiarem tanto uma história tão pifia. Em termos de criatividade, tenho que assumir, o cara acertou. E sim, Isaac Marion não ofende a "mitologia" (se posso chamar assim) dos zumbis, de certa forma. Agora, igualar essa história a qualidade de Guerra dos Tronos e dar uma avaliação semelhante? Dizer que George Romero e os criadores de The Walking Dead ficaram com inveja de Isaac Marion por não ter tido a mesma idéia? Dizer que foi o melhor livro do ano (2011)? Onde está o certificado de idiota pra eu assinar?

Quero que vão pro inferno todos esses vlogers, bloggers e afins que se vendem por vinténs de patrocinadores e não tem nenhum critério na hora de indicar um produto! É por isso que o mundo tá essa merda superficial! Como podemos formar nossa opinião se os formadores não tem qualquer respeito com a nossa inteligencia?

E se discordar dessa merda toda me faz uma hipster ou hater, prazer, hipster e hater com orgulho! Porque eu não sou obrigada a me submeter a um absurdo desses!

Segue o link desse tapa na cara da sociedade: Sangue Quente - MRG

Achei uma merda! Beijos

ps: o post foi escrito na segunda e postado na terça, por isso o errinho ali ^^