Eu, absoluta, linda, divina e soberana imperatriz deste mundo

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Noooooossa, que racismo

Muitos milhões de anos que não posto aqui. Esse é apenas mais um daqueles textos que ninguém vai ler nem se importar, mas se postasse no facebook ganharia uma meia duzia de likes, um ou dois comentários e ainda teria que me policiar para não escrever grande demais e entediar a todos. Aqui posso escrever o quanto quiser.

Assisti ontem Jurassic Park World. Segundo minhas contas, acho que faz mais ou menos um ano que não ponho meus pés em um cinema e definitivamente não me arrependo. Nem sei se devo mais me considerar uma cinéfila como com tanto orgulho costumava dizer em meados de minha adolescencia e até meus vinte e dois anos. Quanta coisa mudou desde a época em que eu roubava as economias de papai (sorry dad) ou gastava toda minha mesada comprando a revista Set e Sci-Fi para saber em detalhes sobre o andamento das superproduções, criticas de filmes, notícias sobre minhas séries preferidas e matérias exclusivas sobre algum ator (ou atriz) que era meu crush (sdds Elijah Wood, Jonathan Taylor Thomas, Daniel Radcliffe e afins). Eu podia me gabar por conhecer todos os filmes em cartaz - porque tinha visto a maioria deles -, saber a filmografia dos grandes atores de Hollywood e tinha até meus preferidos para levar o Oscar.

Hoje em dia se me perguntarem quem levou a estatueta esse ano, farei cara de paisagem. Se no começo dos anos 2000 eu sabia cantar a música principal de todos os premiados, e até hoje fico inconformada de terem escalado o pretensioso Antonio Bandeiras para cantar e arruinar a canção Al Otro Lado Del Rio ao invés de deixar o divinoso Jorge Drexler fazer seu trabalho, a verdade é que nos tempos atuais eu estou pouco me lixando para o cinema Hollywoodiano e suas musicas. Às vezes me pergunto se de fato a qualidade da sétima arte caiu ou se quando adolescente eu tinha um péssimo senso critico e aceitava qualquer porcaria. O que também me faz pensar se, na real, eu que sou de fato uma velha reclamona e nostálgica impossível de se agradar e o cinema vai muito bem, obrigada, quiça melhor do que antes. Porém, divago.

Esse post, no entanto, não é por causa de Jurassic World. Apesar de o filme ser majoritariamente branco, o único negro só está lá para cumprir uma cota sem ter nenhuma relevância na trama e um ator ser orientado a forçar um sotaque para que o publico reconheça suas origens indianas (pelo visto o diretor achou que o publico seria burro demais para perceber isso apenas olhando para o cidadão), nada disso é, digamos, errado. Talvez incomode minorias e gente chata - como eu - mas o grande publico, que paga mais de vinte reais para ir ao cinema, e que de fato garante os lucros da industria, está muito bem representado com seu elenco de brancos, altos, esbeltos, belos e, falando especificamente do Chris Prat, gostosos; é este publico que importa. Tem as exceções, mas ninguém liga para elas. Que se lasquem.

O filme é legal. Não fiquei noooossa a maior parte do tempo, algumas coisas no roteiro e no cenário me frustraram, mas é sempre uma delicia ver a natureza dando uma sova na humanidade. Fiquei do lado da miga I-Rex até (spoiler) ela massacrar a família do Little Foot :'( . Não deu mais pra defende-la especialmente quando (spoiler master) invocaram o mais lindo de todos os lindos da lindolândia T-Rex para colocar ordem naquela quizumba.

Mas, de novo, meu mimimi não é sobre Jurassic World. Segue abaixo o motivo disso tudo:

 
Pois é. É claro que eu como boa chata tinha que implicar com essa escalação. São coisas assim que me expulsam a ponta pés do cinema Hollywoodiano. Esse cinema plastico, elitista e, acima de tudo, controverso. Depois de reclamar por meia hora - talvez mais - a respeito do embranquecimento da princesa Tigrinha (originalmente índia de pele escura), resolvi pesquisar sobre isso apenas para saber se sou a unica chata nesse mundo.

Descobri que na época da escalação muitos se indignaram, fizeram manifestos, abaixo assinado (gente, para de acreditar nisso! Abaixo assinado nunca resolveu nada) textões mil, mas como nada mudou, todos se conformaram e agora estamos aí, com uma loira, branca, de olhinhos claros, se apropriando de uma cultura que não lhe pertence só para agradar o grande publico pagante.

Aí muitos vão dizer "Eike saco! Também não pode mais colocar uma branca num papel de india que todo mundo noooossa. Povo moralista. Politicamente correto. Deixa o Peter Pan em paz. Mimimi", ora, colocaram um tapa olho em um negro, chamaram ele de Nick Fury e na época todos reclamaram, mas o verdadeiro Nick é só um agente, não representa etnia alguma e, mesmo que representasse, não é um detalhe relevante. Até hoje a brancada reclama de colocarem um negro pra ser o Tocha Humana num rebut desnecessário, de um quadrinho que ninguém liga, sobre um quarteto que chatastico. E, de novo, esse Tocha não representa uma etnia branca; ele é só um americano aleatório em um país onde, meu Deus do Céu, habitam brancos e negros. Mas mesmo assim todos protestam ao ponto do próprio ator ter de se manifestar a respeito e ainda usam como argumento a máxima de que "O Publico nerd é muito exigente". Ah, gente.

Acho muito interessante que quando colocam um negrinho pra fazer papel de branquinho é um nooooossa que dura temporadas e sempre começando com "Noooossa, não sou racista, mas...". Mas quando os papeis de invertem e colocam um branquinho para fazer o papel de uma determinada etnia cuja raça relevante, não pode fazer um noooossinha que somos tachados de chatos, reclamões, mimizentos e, cedo ou tarde, somos silenciados. Honestamente porque estar em pleno 2015 e lutar por integração racial cansa tanto quanto falar de sexismo e discriminação por orientação sexual e identidade de gênero. A Warner na época ainda diz que pensaram em chamar a Lupita Nyonog'o para o papel, mas não deu. Legal, Warner, só que ela é negra, de descencência africana e não indígena. É o mesmo que colocar um brasileiro para interpretar um mexicano, um coreano para interpretar um japonês ou um bissexual cisgênero para interpretar uma transsexual. Opa, espere. Eles já fazem isso e cadê que muda?

Aí a Lily Allen diz que é um absurdo existir feminismo hoje em dia e as feministas radicais piram. Antes de entender que é mesmo um absurdo termos que bater na mesma tecla que nossos avós bateram exaustivamente lá nos anos 60/70. É chato se deparar com um poster desses, de um filme que já deu o que tinha que dar, apelando pra uma polemica tão covarde - nada me tira da cabeça que essa escalação foi proposital, pois tal atitude é típica da Warner - atirando marketing para todos os lados; é chato assistir séries infestadas de gente jovem, plastica, branca, malhada, com tramas rasas, apelativas e personagens insossos - dadas as devidas exceções; é chato ver a mesma Disney que produziu O Rei Leão, Pocahontas, Mulan e Pular, errando rude e enchendo o saco com o marketing massivo em cima de coisas como Let It Go e seus abraços quentinhozzzzzz, enquanto A Princesa e o Sapo segue lá, flop e reprisando loucamente no Disney Channel quando precisam cobrir alguma sobra na programação; e o que dizer das intermináveis discussões feministas, em pleno século XXI, atreladas aos filmes de heróis e seus machismozinhos? Mais de quarenta anos se passaram, e o que mudou foi: nada.

Eu confesso que fiquei chateada de saber que ninguém tem falado nada sobre esse filme do Peter Pan, falaram na época do anuncio, hoje não mais (pode conferir no Google, as matérias são todas antigas), mas entendo o silêncio. Essa luta cansa. Falar com as paredes cansa e até ser chato cansa. Vai ver é por isso que os revolucionários do século passado morreram jovens e os que estão vivos não ligam mais para nada. Coisa chata é ver esse ciclo sem fim.

E sabe o que é mais engraçadinho? Tudo bem colocar uma branca para fazer uma índia nativa. Tá tranquilo. Agora colocar um negro para ser um deus nórdico não pode! É vandalismo!
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Pior que é mesmo. Nos dois casos.  

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Dose diária de preconceito

São Paulo está em 25º? Como ousa não estar em 1º?
Opa! Olha eu fazendo post antes do tempo. Hoje, mais uma vez me aconteceu um fato revoltante e absurdo no trabalho. Quase tive um Scarfeelings e murmurei "Eu estou cercada de idiotas" massageando a têmpora. Não fiz isso porque apenas um idiota fez idiotice hoje. Eu odeio essa juventude pós adolescente dona da verdade! Simplesmente odeio! Mas odeio muito mais quando ela é plus manipulada por telejornais. Segue abaixo a conversa super instrutiva de hoje:

"- Se eu morasse em São Paulo já teria saído de lá há muito tempo! Não sei como as pessoas podem viver lá! Tudo caro, sujo e ainda é muito violento!
- A violência lá é absurda! Nego atira em mulher gravida e não dá nem aí! Se vier te assaltar e você não tiver dinheiro dá logo um tiro na sua cara e acabou! Não tem nem conversa! E ninguém faz nada!
"

Eu me manteria calada como fiz da outra vez. Mas, isso foi demais para conter a revolta selvagem dentro de mim. Tive que retrucar. Até porque, se eu não falasse, iria jogar minha cadeira (pesadíssima) na direção dele e isso não seria legal. Pelo amor de Deus, violência tem em todo lugar! Porém, como nenhum sábio de si aceita algo além de sua própria sabedoria, ele teve que dizer que nos jornal só se fala de São Paulo e a violência de lá. Claro, tinha que ser! Uma bobagem dessas jamais viria de outra pessoa além daquela que limita seu conhecimento em telejornais de rede nacional!
Deixando para lá a paranoia de manipulação televisiva, vamos ser sensatos por um momento. Telejornais de rede nacional noticiam aquilo que interessa ao senso comum. São Paulo, como maior centro econômico do país e com a maior concentração de população, claro, tem o foco! Portanto, é obvio que as noticias principais virão de lá. Em que vai interessar o povo saber da violência no interior do país? Os nos estados dos Nordeste? São Paulo, como qualquer centro sócio-econômico tem violência! Afinal, onde existe concentração de renda, onde existe uma divisão entre classes econômicas existem periferias e um povo marginalizado. Lembra do êxodo rural? Lembra do que originou as favelas? De todas as revoluções populistas ao longo da história? Sabe aquela piramide social? Sabe porque existe socialismo e capitalismo? Eu tenho mesmo que dar uma aula de história aqui? 
É simplesmente triste ver que uma pessoa formada em Comunicação Social tenha um senso crítico tão frágil e um conhecimento tão parco sobre o perfil da sociedade como um todo. Prova apenas que não é o seu nível acadêmico que faz de você uma pessoa inteligente e sensata. O que raios você fez com suas aulas de sociologia, pessoa? Onde você estava nas aulas de antropologia também? Isso sem mencionar todas as matérias específicas do curso que, com certeza, te ensinaram que não dá pra mostrar todas as informações em um telejornal de meia hora. Nem a CNN ou a Globo News da vida pode! E que a TV mostra aquilo que o publico quer ver. 
No fim, ao invés de prolongar a discussão, e evitar ofensas, apenas disse que o mesmo São Paulo que mostram para nós é o Rio de Janeiro que mostram para eles, os paulistas e paulistanos. Ele murmurou um "Noticia de rede é pra o país todo" só pra ser o ultimo a ter a palavra e encerrou-se por aí. Mas, aqui, onde posso falar o que quero, encerro com o seguinte: Desligue sua TV! Só porque você trabalha em uma não te obriga a ser escravo dela! Vá ler jornais locais em sites ou no papel mesmo, blogs informativos e afins. Conheça pessoas além do seu diminuto ciclo social carioca. Conheça melhor o seu país e quiçá o mundo, por vivencia, não só por ouvir falar. Reconheça que você não sabe nada, e vai morrer sem saber tudo. Pense mais, fale menos. Assim você descobrirá que gravidas assassinadas e assaltos com "tiro na cara e acabou" existem aqui, em Sampa, no Recife, Porto Alegre, NY e no raio que o parta. Mas, não confunda um sociedade violenta com anarquia. E saia dessa maldita bolha! Quem sabe assim você poupe as pessoas de apenas revirar os olhos e não perder tempo tentando te tornar uma pessoa menos preconceituosa e desagradável! 

Vou lhe contar, é cada Zé Povinho que eu tenho que aturar que a sociedade devia agradecer muito por bazucas não serem comercializadas no Brasil!

Pronto, desabafei! Posso seguir meu dia em paz!

Abraços!

ps.: Esse post é dedicado a minha querida amiga Gabi, que compartilha comigo o rechaço por uma sociedade preconceituosa, limitada, manipulada, acomodada e que fala demais. Além é claro a irritação com  uma maioria do povo carioca, que além de preconceituoso e arrogante, é um desagrado só! 

ps 2.: Segue o link do Mapa da Violência no Brasil, feito em 2012. Mais polêmico que mamilos! Oh!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O preconceitozinho nosso de cada dia




Oi. Como vão? Vou direto ao assunto e espero não ser muito extensa, como tenho sido nas ultimas postagens. Hoje no trabalho presenciei um momento revoltante. Todos os dias eles gostam de comentar os acontecimentos do dia e dizer suas opiniões e verdades absolutas. Estou até agora decepcionada comigo mesma por ter me mantido calada e engolido a seco o que tinha a dizer. A bola da vez era a polêmica do delegado Pedro Paulo Pontes Pinho, da 9ª DP no Catete, aqui no Rio de Janeiro. O individuo foi afastado do cargo pela delegada Martha Rocha ao comentar fazer o seguinte comentário no twitter: “Tenho 14 mulheres no meu efetivo, mas apenas uma, uma apenas, reúne talento, coragem e disposição para encarar a atividade policial. Se inscrevem num concurso policial como se fosse uma vaga num escritório". Eu, só fiquei sabendo desse ocorrido graças ao tititi aqui no trabalho. Confesso que não sou muito antenada nesses assuntos. E isso é um erro terrível. 

Conheço a delegada Martha Rocha apenas de ouvir falar, mas já estou aplaudindo a decisão dela. Todavia, a queridíssima e imparcial G1 publicou essa matéria agora com o pobre coitado do delegado dando sua versão dos fatos. Mas que versão? Segundo ele, manipularam as informações para prejudicá-lo. Ora, mas o twitter era dele, a publicação foi ele quem fez. Apenas printaram o que estava escrito. Onde está a manipulação? Em sua nota, ele se defende com o seguinte “Eu não tenho nenhum tipo de preconceito. Jamais desrespeitaria qualquer pessoa, seja ela mulher, travesti ou homem. Nos meus comentários, me referi às pessoas em geral. Não faço nenhuma distinção de gênero”. Moço, além de machista, você é bem mentiroso. Todo mundo tem preconceito. TODO MUNDO! Qualquer um que pensar bem vai descobrir que já generalizou ou discriminou alguém ou alguma coisa. 

Queria dar uma explicação, não só pra o coitadinho ingênuo do delegado sem preconceitos e também para o pessoal do meu digníssimo trabalho que defenderam esse nobre cidadão. Observe a frase: "Entrou no ônibus uma pessoa suspeita". Viu? Houve algum preconceito aqui? Não né? Agora vamos fazer uma mudancinha: "Entrou no ônibus um negro suspeito". Sentiu algo de errado? Vamos ver de novo: "Hoje, quase bati o carro por causa de um motorista imprudente!" agora trocando: "Hoje quase bati o carro, por causa de uma mulher imprudente!". Viu? Alguns até dirão que essa frase tem pleonasmo (confesso que eu mesma já disse muito isso. Um absurdo!). Agora essa é clássica: "Conheço uma pessoa desorganizada que só! E muito preguiçosa!" trocando "Conheço um paraíba desorganizado que só! E muito preguiçoso" mais uma que eu me empolguei: "Nossa, fulano é fogo, não tem educação mesmo" mudando "Nossa, pobre é fogo, não tem educação mesmo!". Confesse, você já disse isso! O preconceito está aí. A partir do momento que você define alguém baseado num grupo que ela pertence você está generalizando, está discriminando! E não interessa quantas pessoas de um gênero, raça, classe social ou afins você conhece com tal perfil. Isso não define um todo. E em algum momento alguém vai se ferir com isso. Essas coisas estão tão enraizadas em nosso cotidiano que nem percebemos quando o fazemos. Alguns nem sentem culpa depois. Deixe estar que não estou me excluindo de nada aqui. 

Então, querido e respeitável senhor delegado, se sua intensão realmente não era discriminar, que tivesse dito "Tenho 14 PESSOAS" e não "Tenho 14 MULHERES". Sabe-se lá quantas pessoas, com esse tipo de comentário não disseram "Ah, sabia, tinha que ser mulher!" ou então "Lugar de mulher não é na polícia" e tantos outros, como eu mesma ouvi aqui! Tem gente que ainda vem com o clássico discurso: Não é preconceito, mas tem muita mulher que..." e depois consertavam "Não, mas tem muito homem que também é assim. Direitos iguais". Queridos, decidam! Porque se for igual, não existe isso de "tem muita mulher" ou "tem muito homem", troque por "tem muitas pessoas" e fim. Ninguém vai ficar de mimimi como vocês tanto pensam. Combinado? 

Um beijo.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

50 tons de 16 luas

Oi! E aí, tudo bom? Comecei a ler um livro novo! Na verdade, estou lendo dois livros ao mesmo tempo. Isso sem contar os quadrinhos que tenho no meu celular e debaixo da minha cama. Não, eu não sou louca. Sou geminiana e considero tudo o que está em processo de leitura como estar lendo. E processo de leitura é quando você começa a ler um livro, pára, lê outro, pára também, pega mais outro, volta pro primeiro, lê um trecho do terceiro, cinco paginas do segundo e... Vejam, saiu a nova edição dos Novos Titãs, X-Men e Liga da Justiça!!

Comecei tarde o gosto pela leitura em geral. Lá para os meus 14 ou 15 anos eu conheci Harry Potter e descobri a luz (trocadilhos a parte). Passei a ir à Bienal do Livro para comprar livros, não apenas pra ver o Mauricio de Souza, comprar livrinhos pra colorir e de revistinhas da Mônica. Descobri o gosto por literaturas mais sérias como Agatha Christie (aquela linda!), Stephen King, Clarice Lispector e mais tarde Lya Luft. Notem que, apesar de ter sido iniciada com a tia Jo, desde os 14/15 anos literatura infanto juvenil NÃO era a minha preferida e nunca foi nem nunca será, agora mais do que nunca.

Mantendo a linha das reclamações como a eterna insatisfeita que sou, a literatura tem me deixado triste, decepcionada, frustrada e cansada. Tudo muito igual, repetitivo, insosso, raso. Feitos apenas para acumular dinheiro e inspirar novas bobagens insanas a serem publicadas que, apesar de algumas terem uma premissa interessante, não chegam a lugar algum. Ou chegam ao mesmo lugar que já cansamos de conhecer.

Talvez eu esteja errada, talvez o mundo sempre tenha sido assim e eu só estou fazendo aquilo que todos da minha idade fazem: entram em crise dizendo que no tempo deles (que nem é tão distante assim) era melhor. Pois eu vou mais além. Mesmo sendo uma pessoa super moderna, prafrentex e de vanguarda, não consigo lidar nem me encaixar nesse mundo de um cinema baseado em refilmagens, continuações sem fim e sem sentido, livros com antigas lendas, mitos e folclores contados com alterações agressivas. É praticamente um estupro literário e cinematográfico. E que quanto pior o livro maior a probabilidade dele virar um filme pavoroso. Muitos anos atrás até quando eu nem era nascida, o cinema tinha mais conteúdo e os livros bem mais interessantes. Contradição pessoal? Sim, por que não?

Cheguei a toda essa conclusão quando me perguntaram se eu leria Dezesseis Luas - já que eu gosto de histórias sombrias sobre bruxas - e quando li a primeira pagina de Cinquenta Tons de Cinza. Oh, sim, eu vou ler esse novo HIT literário só pelo prazer de falar mal com culhões. Ao mesmo tempo estou lendo também A Hora das Bruxas, de Anne Rice. Comparando as duas literaturas e pensando em Dezesseis Luas (depois de ver a sinopse deste) me bateu uma revolta atroz! Estou cansada dessa geração carente e egocêntrica! Sério, cansada! Diga-me um livro fenômeno de vendas, desses ultimos 6 anos que não seja um FUCKING romance adolescente - ou pós adolescente - previsível escrito em FUCKING primeira pessoa! Vamos lá, diga... Eu tenho um certo asco de escritas em primeira pessoa. É como limitar a sua visão da história e compreensão dos personagens. Coisa mais chata essa de ver tudo pelo ponto de vista de uma pessoa X. É quase fato de que eu irei criar antipatia por X. E mais pavor ainda de dilemas adolescentes e pós adolescentes com seus 20/24 anos. Um romance mais chatinho que o outro.

Quando li Sangue Quente estava lendo também O Rei do Inverno. Mesmo que este ultimo também seja em primeira pessoa e eu tenha gostado muito, não diminuiu minha nhaca pelo estilo. E agora lendo A Hora das Bruxas (graças a Deus em terceira pessoa e não é um romance insosso, besta e trivial) e 50 Tons de Cinza. E sim, eu gosto de ler um livro bom e um livro porcaria ao mesmo tempo. Pra dar uma equilibrada e tal. Ah e outra, não lerei Dezesseis Luas nem se esse livro ganhar o Nobel! Fiz um levantamento dos motivos pra não ler isso: É infanto-juvenil, é romance entre uma bruxa e um cara normal (aff) e é em primeira pessoa. Mesmo ele sendo o supra sumo da literatura mundial (o que eu duvido) prefiro passar bem longe disso. Já massacraram totalmente a minha admiração por vampiros, zumbis e lobisomens o suficiente nessa era. Prefiro me abster de conhecer uma "nova bruxinha do barulho aprontando altas diabruras que até Deus duvida". Que dirá isso contado do ponto de vista do cara que gosta dela. Cruzes!

Daí as pessoas vão dizer: "Ai, mas quanto preconceito da sua parte!" Bem, entendam como quiser! Eu prefiro dizer apenas que é uma questão de gosto e preferencia. Até porque, o que questiono aqui não são os livros em primeira pessoa, mas sim o excesso desse estilo literário. Afinal sempre existiram livros assim, mas nunca na mesma proporção.

E quanto a 50 Tons de Cinza, to odiando desde a primeira pagina. Vejamos o que me aguarda a seguir.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ryan Reynolds, até quando?

Oi! E aí, tudo bom? To sumida, mas eu vivo fazendo isso. Nem ligo! Como sigo firme nessa minha saga de sempre ser a ultima a saber das informações, hoje mesmo descobri algo muito triste! Aliás, algos muito tristes: Ryan Reynolds irá protagonizar não só o Dead Pool como também o remake de Highlander. Nunca gostei desse cara! Tipo, nunca! O único filme com ele que eu curti foi Três Vezes Amor. E olha que eu detesto comédias românticas!  Mas simpatizo com aquelas que conseguem ser pelo menos um pouquinho criativas, na medida do possível para elas (ou se tem bundas gostosinhas e corpinhos deliciosos para admirar, como é o caso de Amor e Outras drogas, com Jake sorriso lindo Gynleschwarzenegger). Três Vezes Amor aliás, eu assisti muito aleatoriamente  Estava passando na TV, eu não tinha mais o que fazer, gosto muito das atrizes do filme e zaz, lá estava eu olhando o queixudo boca branca do Ryan pagando de papai fofo e sexy contando uma historinha pra filhinha. Aff, comédias românticas  socorro! Enfim, isso não vem ao caso! O lance é que Ryan Reynolds, além de ter um nome irritante de se escrever, é um ator muito meia boca de atuações pifias e se não fosse o rostinho bonito (que EU não acho tão bonito assim) não seria mais do que um ator de filmecos irrelevantes.

E o que mais me desespera é que agora ele resolveu fazer a linha super herói bonitão. Por que?? Meu Deus, eu pergunto... POR QUE?? Eu nunca fui fã do Lanterna Verde. Acho ele um herói tedioso. Como a maioria dos heróis da DC que são sempre sobrehumanamente leais e bons demais (me julguem, nem ligo!). Agora achei uma sacanagem terem colocado esse cara pra interpretar o pobre coitado do heroi vagalume. Ele merecia mais do que um ator que só sabe ficar bonitinho na câmera. E o pior, é que além de ruim, Ryan Reynolds não tem o minimo de bom senso! Na boa, cara! Você teve duas chances pra mostrar que NÃO NASCEU PRA SER HERÓI! Até porque, não podemos deixar de nos lembrar da lambança que foi Wolverine, em que Ryan resolveu ser o Dead Pool e, pra variar, foi um bosta!

Claro que devemos dar um desconto, afinal TODO MUNDO estava ruim em Wolverine (e não, eu também não gosto do Wolverine e muito menos do Hugh Jackman fazendo o Wolverine. Podem me julgar a vontade). Mas, veja bem, essa foi a segunda chance de Ryan mostrar que tem potencial e provou que não tem!

Pessoalmente, estou triste! Gosto muito do Highlander! Na minha infância  mesmo sem entender direito a história, achava um máximo as cabeças rolando em troca de vida eterna. E agora ISSO vai estar protagonizando esse épico! Simplesmente triste! O Lanterna Verde eu vi apenas alguns minutos só pra comprovar o que eu já sabia. Dead Pool, como não conheço o personagem, não me darei ao trabalho de assistir (assim como até hoje não sei porque cargas d'água fui assistir Lanterna Verde, sendo que nem gosto do herói) qualquer coisa eu leio o quadrinho e pronto. Agora Highlander. Deus, estou torcendo para que as fontes estejam erradas e Hollywood reconsidere sua decisão e coloque outra pessoa! Chega de Ryan Reynolds em filmes de heróis! E que ele volte para comédias românticas melzinho com adoçante de mulherzinha, que é o lugar dele! Apenas.

E espero que nunca façam um filme dos Jovens Titãs! Vai que ele resolve, sei lá, ser o Kid Flash? Desconjuro!

Um abraço!

10 Motivos pra não gostar de Ryan Reynolds
Ele fez o engraçadinho no Blade Trinity
Ele apareceu em Arquivo X (POR QUE VOCÊ FEZ ISSO CHRIS CARTER?? POR QUEEEEE???? T.T)
Ele faz comédias românticas chatinhas onde sua unica função é ser "fofo, querido e cliché"
Ele foi casado com Scarlett Johansson E SE SEPAROU DELA (sério, quem faz isso???)
Ele trocou a Scarlett Johasson pela Blake Lively (cara... sem comentários)
Ele fez um Lanterna Verde que é pura vergonha
O único talento dele é ser um rostinho bonitinho, fofo, cute, delicinha, mimimi...
Qualquer coisa que poderia ser boa automaticamente fica bleh quando ele aparece
Ele faz o mesmo FUCKING papel em todo FUCKING filme
Ele é um bosta. Fim.

Ryan, seu lugar é em filme de mulher! Vá fazer testes para Magic Mike 2, pfvr!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

SANGUE QUENTE – Parte final

Uma salva de palmas para a ignorância e um brinde ao egoísmo!

Olá! Como vão?

Terminei, dia 05 de outubro, de ler Sangue Quente. Antes de mais nada vou logo dizendo que todos aqueles que tem ainda um pouco de bom senso, não leia o livro! Se você tem intolerância a esse mundo hipócrita e plastificado que vivemos, também não leia! Se você gosta de zumbis, corra com o vento e fuja desse livro como se ele fosse o próprio zumbi querendo sua carne. E, se você for um adolescente e estiver mesmo perdendo seu tempo lendo esse texto com mais de cinco linhas que você é capaz de ler, não o leia! Pelo bem do futuro de nossa humanidade, não o leia!

Este será um post bem reflexivo, pois foi o que o livro me fez fazer a partir da metade para o final. Não é sobre a historinha de merda que o autor fez, mas sim, sobre a sociedade que vivemos. Não coloquei a foto de Leonidas a toa. Quando assisti 300 a primeira vez foi apenas com fins estudantis, para conhecer as mutações capazes no corpo humano (biologia, uma matéria mágica e querida desde sempre S2S2). Mas antes mesmo que o filme chegasse nos 20 minutos eu pensei: CARA, POR QUE NÃO VI ANTES? Aquele é um dos filmes que mais tenho como exemplo de vida. Como qualquer ser humano é capaz de vencer a si mesmo e ser mais forte do que já se imaginou. E que a inteligência, unida a bravura pode fazer coisas grandes!

Por que estou falando de 300 quando deveria falar de um zumbi apaixonado? Bem, eu explico! Vivemos em uma sociedade de FRACOS! Essa é a grande realidade! Todos FRACOS! Incapazes de suportar a realidade da vida, que nem é tão dura assim se compararmos com tempos antigos. Que gostam de maquiar fatos em prol de uma consciência tranquila. Que se satisfazem vivendo ilusões ao invés de aceitar suas limitações. E que se acomodam em serem vitimas de seus destinos ao invés de lutarem. Meu foco aqui não é o R, o zumbizinho em crise existencial e sua turma de zumbis que querem ser humano outra vez (sabe a musiquinha erroneamente adicionada na nova edição de A Bela e a Fera? Então). O foco é Julie. Foi ela, assim que mostrou seus pulsos cortados, a causadora de toda a minha revolta com esse livro, que até então só tinha me trazido boas risadas e eu até iria recomendá-lo como uma versão lúdica de zumbis precisando de uma boa terapia (?).

Tive uma grande amiga de infância. Uma pessoa querida e muito admirável. Cresceu em família muito pobre. Tinha um pai violento e alcoólatra que humilhava ela, sua mãe e suas irmãs constantemente. Porém, essa minha querida amiga, é um exemplo de força e superação. Não foram poucas vezes que a vi entristecida por seus problemas (Deus, tínhamos só seis anos quando nos conhecemos e convivemos até os 15) porém, ela nunca se abateu! Nunca sucumbiu, nem precisou se mutilar para aplacar a dor., tampouco se fazia vitima de um destino cruel. Tive também um grande amigo, com uma história semelhante, mesmo problema com o pai, mas era uma pessoa magnífica. Eu, vivi até os 5 anos em um cortiço no terreno da minha avó e até os 4 anos já tinha tido todas as doenças infectocontagiosas que boa parte das crianças de hoje nem sabem que existe mais, com dois anos de idade, fui espancada pela minha mãe porque fugi de casa. Com seis porque não quis ir a escola. Levei um soco do meu pai porque o respondi. Um chute na barriga porque deixei o quarto bagunçado. Apanhei na rua porque era baixinha e não quis parar quando uma menina me ordenou fazer isso. Apanhei porque falava sozinha. Apanhei de novo por ser baixinha. Recebi o apelido de “leprosa” e todas as crianças na escola tinham medo de mim porque fui acometida de uma doença de pele. Passei cinco anos da minha vida em casa porque não tinha emprego nem dinheiro pra fazer uma faculdade. Passei pelo menos um ano da minha vida sem um único amigo que pudesse contar e a única pessoa que eu conversava, morava em Belo Horizonte e não existia Infinit naquela época. Perdi as contas de quantos apelidos tenho e até hoje o complexo de altura me acompanha e para sempre me acompanhará. E eu não conto isso para me fazer de vitima, ou culpar a quem quer que seja, porque todo mundo tem sua história triste para contar. E ninguém é melhor do que ninguém.

Mas, nenhuma dessas histórias foram motivos para que eu me mutilasse, que me entregasse as drogas ou ao álcool para escapar. Só existe uma única explicação para isso: FRACOS! Nada além disso! Não sabem o que é dor e sofrimento de verdade! Nunca souberam e nunca saberão! Porque em suas cabecinhas egoístas e egocêntricas eles já estão vivendo o mais terrível dos sofrimentos e são egoístas demais para verem o contrario disso!

Esse tipinho de gente é muito encontrada no tumblr. Acompanho o de uma menina, aliás. Que respaldada no fato de ter sofrido umas perseguições na escola quando mais nova do que já é (a menina tem trezes anos. DEUS! TREZE! Onde esse mundo vai parar???), ter um pai alcoólatra que nunca levantou a mão para ela, mas diz coisas “ruins” que ela, pobre vitima, não merece ouvir e por se achar gorda (não vou comentar isso ¬¬) acha que se cortar, tirar meia dúzia de fotos e publicar na internet, será considerada mesmo digna de compaixão, cuidados e o pior: um exemplo de superação por ainda estar viva. ACORDA MUNDO!
Julie, a menina desse livro, retrata bem essa adolescência fraca, ineficaz, vazia, trivial, sem perspectiva e descartável que temos. É lamentável que o escritor coloque uma adolescente viciada em drogas e que se corta, sem que haja um real motivo para isso e sem que seja ao menos mostrado a ela que sim, ela é forte e sim, ela pode superar todos os seus problemas de cabeça erguida, com a força que ela tem e todos nós temos, como a grande heroína da história. Que no final ela consegue resolver tudo aos trancos e barrancos, acreditando que o mundo é assim: Acredite no primeiro estranho que você encontra e tudo ficará bem. E o pior! Nenhuma lição é ensinada a ela!

Não resta duvidas, depois de conhecer Julie, que este autor fará fortunas nessa nova década! É disso que esses adolescentes precisam! De fracos como eles! De fracos que se escondem em quartos e banheiros. Que se cortam e se drogam. Que querem chamar atenção sentadinhos em seus sofás e deitadinhos em suas camas, no aconchego de seus lares com as mordomias de papai e mamãe. Que protestam em redes sociais com fotos de animais mortos, fetos ensanguentados e acham que assim serão melhores que os outros. Adolescentes, jovens e até alguns adultos que sem asas querem voar, sem pernas querem correr e sem braços querem aplaudir. Que ao invés de fazerem o melhor com o que tem, desgastam suas vidas querendo ser mais do que podem ser, baseados apenas neste ou naquele discurso falso de auto ajuda. Que compartilham fotos deformadas e dizem que é coisa mais linda que já viram, apenas para se considerarem mais humanitários. Mas sobretudo, esta é uma geração daqueles que querem viver uma ilusão e fazem isso com tanta força que no primeiro instante que colocam os pés no chão, no mundo real, choram. Sangram com apenas um tapinha. E no menor dos ventos entram em desespero.

O meu mais profundo repudio a esse livro é totalmente voltado a Julie. Essa menina nada mais é o retrato do que vejo hoje. Ela, Bella (do Crepúsculo, claro) estão na minha lista de meninas que nunca deveriam existir! E o insulto maior não é esse, e sim, existirem pessoas que realmente são capazes de ver algo de bom em meninas fracas, insossas, egoístas. Presas em seus sonhos egocêntricos, pensando apenas nelas mesmas e não em todo o sofrimento e transtorno que seus caprichos causam aos outros. Talvez, haja histórias como as de Julie e Bella por aí, mas eu, honestamente, espero nunca lê-las. Embora, a história mais bonita que já li na minha vida, tem uma menina assim. Guinevere. Cujo pronunciar do nome já me dá ódio mortal! Mas esta pelo menos se preocupava (o minimo que fosse) com seus entes queridos, súditos e superiores que iria atingir fazendo o que bem entendia. E eu nunca imaginei que viveria pra falar algo de positivo dessa coisinha.
Sangue Quente não é um livro ruim porque o escritor é amador (embora ele realmente tenha uma escrita beeem fraca), nem porque é absurdo um zumbi querer ser vivo – André Vianco fez vampiros virarem dragões e tem uma legião de fãs – ou porque toda a história é conduzida de maneira fraca. O livro é ruim por relatar a falsidade que vivemos como se fosse o certo. Por mostrar o egoísmo como se não fosse. Por colocar fracos para posto que não merecem ter.

Entendo agora porque há esse paralelo entre Crepúsculo e Sangue Quente. Ambos são a história de meninas fracas que manipulam todo o mundo em prol de terem seus “coraçõezinhos” cuidados como princesas que se consideram ser. E, afinal, não é isso que essa garotada quer? Um mundo girando em torno deles? Romances plastificados e predefinidos? Amizades ensaiadas? Famílias com uma união e harmonia mágica? Uma escola onde tudo é perfeito, todos se amam e se respeitam? Viver o Imagine, de John Lennon, em sua plenitude? Viver um mundo onde todos são belos e até os feios são lindos?

Quero dizer que eu tenho um sonho. E nesse sonho, todos acordam!

Ps.: Gostaria de deixar também aqui a minha profunda revolta por Julie lidar com a morte como se fosse o mesmo que espremer uma espinha. Ela chega ao ponto de se importar com um zumbi que matou o namorado e não demonstrar qualquer sentimento pelo pai, morto brutalmente na sua frente, com a desculpa de que ele era um homem insensível, já estava morto por dentro, ignorando o fato de que ele, assim como ela, sofria em um mundo sem esperança! São de pessoas assim que esses adolescentes precisam! Parabéns, Isaac Marion! Parabéns!  

Ps 2.: Escrevi esse texto há quase duas semanas. Mas graças a minha falta de internet, só pude postar agora. E continuo sem internet! OBA!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Uma palavra dos nossos patrocinadores

Oi, todos tristes nessa segunda feira, né? Eu sei!

Não sou uma pessoa nostálgica. E tenho preguicinha de quem seja, embora isso seja característica de 90% dos meus amigos queridos. Não suporto essas frases de velho chato tipo "No meu tempo..." ou "Sou do tempo..." ou "Saudade de quando...". Se essas frases não tiverem suas devidas doses de sacarmos, faça o favor de morrer, porque você é chato! E se for meu amigo, apenas me poupe disso.

Porém, verdade seja dita, existem coisas que realmente eram melhores antigamente. E digo isso me referindo a tempos que eu VIVI, porque também não suporto esse papo de sentir falta de um tempo que você não viveu e nem tem como provar que realmente era bom, baseado em musicas, livros e escritos. Enfim, divagações a parte, vamos ao que interessa. Eu sempre fui uma ferrenha leitora de blogs, espectadora de vlogs e ouvinte de podcasts. Especificamente aqueles que criticam alguma coisa do mundo do entretenimento (sejam filmes, livros ou jogos), mas coisas de cotidiano também me agradam muito! Já acompanhei os famosinhos do momento como Felipe Neto e PC Siqueira. Segui fielmente sites/blogs como Cinema em Cena, Cinema com Rapadura, Jovem Nerd e MRG. E por um curtíssimo período de tempo assistia o canal Tá e Daí da Ana de Césaro (ou qualquer coisa assim). Tudo isso em tempos que as pessoas faziam videos, abriam sites, escreviam em blogs, apenas com a intensão de ter um passa tempo e transmitir informação aqueles que os seguiam. Talvez desabafar sobre algo que os irritava, ou, assim como eu, ser um chatinho criticador.

Isso até a internet virar um mercado e vierem os malditos patrocinadores. Essa praga maldita, com sua sede por dinheiro, destrói tudo o que é bom, oferecendo gloriosos dígitos na conta bancaria, em troca de alguns minutos da nossa atenção. Agora, veja, de certa forma, não vamos morrer por causa de cinco segundos de comercial no You Tube. Irrita, mas logo a gente se acostuma com a pausa em um video que estavamos assistindo pra ver um palerma pegar um monte de mulher por causa de um desodorante sufocante. Agora e quando eles resolvem usar a voz de quem assistimos? Fui parando de assistir os videos do PC Siqueira quando ele gastou dois minutos do video dele pagando de garoto propaganda da pepsi. E o divorcio foi definitivo depois que ele e a Kéfera (não consigo lidar com esse nome medonho) "invadiram" (entre MUITAS aspas) o Carrefour. Cena, aliás, que foi um insulto a inteligencia de todos nós e pra comercial de tv só faltou a musiquinha de fundo. E o que falar de Felipe Neto, que desde o video sobre Adolescencia Tardia, onde no final ele faz comercialzinho de um curso de idiomas (eu acho) que eu desisti dele. Só não desisti ainda do Jovem Nerd porque ainda gosto um pouco dos podcasts deles, mas não vejo mais qualquer nerd office em que eles tenham viajado de graça para qualquer lugar, mostrando recantos em que eu, reles assalariada, jamais irei conhecer sem lamentar o dinheiro perdido depois.

Tudo isso é uma merda. Porém, nada pior do que quando estes e outros famosos da rede deturpam sua opinião para vender um produto de qualidade discutível. Obcecada como estou pelo livro de zumbi apaixonado, resolvi procurar fontes mais confiáveis de criticas. Nunca me senti tão decepcionada na minha vida. Nem mesmo quando Ana de Césaro resolveu dizer a todos os gordinhos que eles eram uns bostas e tinham que emagrecer porque ser gordo é uma merda, pautada no fato de ser patrocinada por uma academia e ter que mostrar resultados pra mostrar a eficácia do produto a qual era garota propaganda. O site MRG (que hoje pertece ao grupo Jovem Nerd) fez o pior podcast que já ouvi até agora! Engraçado como o mesmo cara que detonou Jogos Vorazes, deu 4, numa escala de 1 à 5, para um livro escrito por um cara que não tem formação em nada, muito menos emprego. Preconceitos a parte, o escritor do livro em questão, apenas comprova a tese de que, se você não tem conhecimento de gramatica e dominio da lingua mãe, não pode escrever algo de qualidade. Achei um absurdo elogiarem tanto uma história tão pifia. Em termos de criatividade, tenho que assumir, o cara acertou. E sim, Isaac Marion não ofende a "mitologia" (se posso chamar assim) dos zumbis, de certa forma. Agora, igualar essa história a qualidade de Guerra dos Tronos e dar uma avaliação semelhante? Dizer que George Romero e os criadores de The Walking Dead ficaram com inveja de Isaac Marion por não ter tido a mesma idéia? Dizer que foi o melhor livro do ano (2011)? Onde está o certificado de idiota pra eu assinar?

Quero que vão pro inferno todos esses vlogers, bloggers e afins que se vendem por vinténs de patrocinadores e não tem nenhum critério na hora de indicar um produto! É por isso que o mundo tá essa merda superficial! Como podemos formar nossa opinião se os formadores não tem qualquer respeito com a nossa inteligencia?

E se discordar dessa merda toda me faz uma hipster ou hater, prazer, hipster e hater com orgulho! Porque eu não sou obrigada a me submeter a um absurdo desses!

Segue o link desse tapa na cara da sociedade: Sangue Quente - MRG

Achei uma merda! Beijos

ps: o post foi escrito na segunda e postado na terça, por isso o errinho ali ^^