Eu, absoluta, linda, divina e soberana imperatriz deste mundo

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

50 tons de 16 luas

Oi! E aí, tudo bom? Comecei a ler um livro novo! Na verdade, estou lendo dois livros ao mesmo tempo. Isso sem contar os quadrinhos que tenho no meu celular e debaixo da minha cama. Não, eu não sou louca. Sou geminiana e considero tudo o que está em processo de leitura como estar lendo. E processo de leitura é quando você começa a ler um livro, pára, lê outro, pára também, pega mais outro, volta pro primeiro, lê um trecho do terceiro, cinco paginas do segundo e... Vejam, saiu a nova edição dos Novos Titãs, X-Men e Liga da Justiça!!

Comecei tarde o gosto pela leitura em geral. Lá para os meus 14 ou 15 anos eu conheci Harry Potter e descobri a luz (trocadilhos a parte). Passei a ir à Bienal do Livro para comprar livros, não apenas pra ver o Mauricio de Souza, comprar livrinhos pra colorir e de revistinhas da Mônica. Descobri o gosto por literaturas mais sérias como Agatha Christie (aquela linda!), Stephen King, Clarice Lispector e mais tarde Lya Luft. Notem que, apesar de ter sido iniciada com a tia Jo, desde os 14/15 anos literatura infanto juvenil NÃO era a minha preferida e nunca foi nem nunca será, agora mais do que nunca.

Mantendo a linha das reclamações como a eterna insatisfeita que sou, a literatura tem me deixado triste, decepcionada, frustrada e cansada. Tudo muito igual, repetitivo, insosso, raso. Feitos apenas para acumular dinheiro e inspirar novas bobagens insanas a serem publicadas que, apesar de algumas terem uma premissa interessante, não chegam a lugar algum. Ou chegam ao mesmo lugar que já cansamos de conhecer.

Talvez eu esteja errada, talvez o mundo sempre tenha sido assim e eu só estou fazendo aquilo que todos da minha idade fazem: entram em crise dizendo que no tempo deles (que nem é tão distante assim) era melhor. Pois eu vou mais além. Mesmo sendo uma pessoa super moderna, prafrentex e de vanguarda, não consigo lidar nem me encaixar nesse mundo de um cinema baseado em refilmagens, continuações sem fim e sem sentido, livros com antigas lendas, mitos e folclores contados com alterações agressivas. É praticamente um estupro literário e cinematográfico. E que quanto pior o livro maior a probabilidade dele virar um filme pavoroso. Muitos anos atrás até quando eu nem era nascida, o cinema tinha mais conteúdo e os livros bem mais interessantes. Contradição pessoal? Sim, por que não?

Cheguei a toda essa conclusão quando me perguntaram se eu leria Dezesseis Luas - já que eu gosto de histórias sombrias sobre bruxas - e quando li a primeira pagina de Cinquenta Tons de Cinza. Oh, sim, eu vou ler esse novo HIT literário só pelo prazer de falar mal com culhões. Ao mesmo tempo estou lendo também A Hora das Bruxas, de Anne Rice. Comparando as duas literaturas e pensando em Dezesseis Luas (depois de ver a sinopse deste) me bateu uma revolta atroz! Estou cansada dessa geração carente e egocêntrica! Sério, cansada! Diga-me um livro fenômeno de vendas, desses ultimos 6 anos que não seja um FUCKING romance adolescente - ou pós adolescente - previsível escrito em FUCKING primeira pessoa! Vamos lá, diga... Eu tenho um certo asco de escritas em primeira pessoa. É como limitar a sua visão da história e compreensão dos personagens. Coisa mais chata essa de ver tudo pelo ponto de vista de uma pessoa X. É quase fato de que eu irei criar antipatia por X. E mais pavor ainda de dilemas adolescentes e pós adolescentes com seus 20/24 anos. Um romance mais chatinho que o outro.

Quando li Sangue Quente estava lendo também O Rei do Inverno. Mesmo que este ultimo também seja em primeira pessoa e eu tenha gostado muito, não diminuiu minha nhaca pelo estilo. E agora lendo A Hora das Bruxas (graças a Deus em terceira pessoa e não é um romance insosso, besta e trivial) e 50 Tons de Cinza. E sim, eu gosto de ler um livro bom e um livro porcaria ao mesmo tempo. Pra dar uma equilibrada e tal. Ah e outra, não lerei Dezesseis Luas nem se esse livro ganhar o Nobel! Fiz um levantamento dos motivos pra não ler isso: É infanto-juvenil, é romance entre uma bruxa e um cara normal (aff) e é em primeira pessoa. Mesmo ele sendo o supra sumo da literatura mundial (o que eu duvido) prefiro passar bem longe disso. Já massacraram totalmente a minha admiração por vampiros, zumbis e lobisomens o suficiente nessa era. Prefiro me abster de conhecer uma "nova bruxinha do barulho aprontando altas diabruras que até Deus duvida". Que dirá isso contado do ponto de vista do cara que gosta dela. Cruzes!

Daí as pessoas vão dizer: "Ai, mas quanto preconceito da sua parte!" Bem, entendam como quiser! Eu prefiro dizer apenas que é uma questão de gosto e preferencia. Até porque, o que questiono aqui não são os livros em primeira pessoa, mas sim o excesso desse estilo literário. Afinal sempre existiram livros assim, mas nunca na mesma proporção.

E quanto a 50 Tons de Cinza, to odiando desde a primeira pagina. Vejamos o que me aguarda a seguir.

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